segunda-feira, abril 27, 2009
E pobre tem depressão?
quarta-feira, abril 22, 2009
Novidade
Todo dia 22 vou publicar um textinho meu na revista literária virtual Samizdat.
Pretendo publicar textos do "Não Clique" e também coisas novas.
O tema da edição deste mês é realismo fantástico. Coloquei um textinho antigo que gosto muito, e que inclusive faz parte da contracapa do meu livro.
Eis:
http://www.revistasamizdat.com/
quinta-feira, abril 16, 2009
Vivian Vazz é uma geminiana confusa
Ela tem cerca de 25 anos. Mora em um convento, mas ainda está pensando se vai transformar-se em freira ou não. Faz dele um refúgio. Sua origem é uma incógnita, mas suas dores ela conta através das palavras no blog Trigêmeas, ao lado de duas amigas. Pelo que já foi escrito, seu melhor amigo do mundo lá fora se chama Horácio. A companheira no convento é Irmã Rosário. E Fred é um carma que ela carrega desde adolescente.
Assim ela se autodefine:
"Preciso dos opostos, do 8 e do 80, do frio e do calor para me transformar em minha principal antagonista. Freira de corpo, louca da alma."
Quem quiser uma pitada desta alma, clique aqui
sexta-feira, abril 10, 2009
O vestido de Engraçadinha
Feito de cetim, justo na cintura, comprido até os joelhos e com um decote descomunal, o vestido de Engraçadinha era seu preferido. Colocá-lo garantia-lhe uma noite rodrigueana, pecaminosa e proibida como a personagem que levava seu nome. Por muitas noites usou o vestido deliberadamente. Sentia-se mulher desejada, plena e poderosa. A rainha das festas, o centro das atenções. Tão imbatível que o olhar invejoso das outras só lhe causava cócegas.
O vestido de Engraçadinha foi sua capa protetora por longos anos. Mas – sempre há um ‘mas’ -, ao mesmo tempo em que a protegia, deixava um rastro de mágoas por onde passava. Corações partidos, casais desfeitos, amizades abaladas. Vesti-lo era mergulhar em mentiras que, por mais que não lhe atingissem, feriam quem ela gostava. E isso não era bom.
Como pimenta nos olhos dos outros é refresco, ela só decidiu parar de usar o vestido quando se sentiu perdida. Foi numa noite em que beijou sete pessoas, deitou-se com três e acordou sem amar nenhuma delas. Como um foguete, voou para casa, pegou a tesoura e picotou o vestido em pequenos pedacinhos. Os retalhos, tão macios, viraram enchimento de travesseiro. Nele deitou a cabeça à noite e teve os sonhos mais emocionantes de sua vida. Mas a vantagem era que, ao acordar, nada estava fora do lugar. Ninguém estava triste com ela.