Deita-se conformado. Mais uma noite de zumbido o espera, aquele vindo de dentro, ouvido sempre que se sente fora do eixo. Pensa que o barulho vem das traquitanas de seu cérebro, mexendo-se desconexas, como se chaplins escorregassem alucinados por suas engenhocas. Para lubrificar as porcas e parafusos, talvez leite quente dê cabo. Talvez cantar espante o zumzumzum. Pensa em Elvis, “Sweet Caroline”. Depois sussurra “Suspicious Minds”. Mas o Grande Ditador não deixa o Rei tomar conta, e intensifica os zumbidos. Pensa em apelar para comprimidos. Mas é tão medroso que prefere ficar na companhia de seus chaplins esquizofrênicos, desejando que eles sejam tão geniais quanto o bigodudo de bengala. Mas consciente de que são apenas reles peças dos Tempos Modernos.
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terça-feira, agosto 04, 2009
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