domingo, dezembro 07, 2008

Hoje eu atirei numa pessoa

Hoje eu atirei numa pessoa

Estava úmido, eu lembro, estava frio

Ele era asqueroso e ameaçador

Não lembro de seu rosto nem da voz

Somente do impacto das balas saindo do meu revólver

Foram quatro, talvez cinco

E dos buracos de sangue escorreram filetes

Acho que o matei

Mas sigo sem saber por que atirei

Ele ameaçava alguém que eu gostava

Não lembro de seu rosto nem da voz

Somente que eu amava e por esse amor matava

De súbito, acordei.

4 comentários:

Naila Oliveira disse...

Seria capaz? Matar ou morrer?

Anônimo disse...

Lindo, lindo, lindo...

Anônimo disse...

PS: vc fez falta na nossa festa.

Rodrigo Reis disse...

uau!
poesia também?!