Fiz uma lista de músicas que eu primeiro conheci a cópia, depois a original. Eis:
1º lugar - a campeã é "Passenger", do Iggy Pop. Primeiro conheci a versão tosca do Capital Inicial. Eu sentia que a música tinha um quê, mas não sabia dizer. Gostava e não gostava. Até o dia em que ouvi a versão de Siouxsie and the Banshees e me apaixonei. Mas o susto ainda não tinha acabado. Caí de joelhos quando descobri a original do Iggy, de ar sombrio e envolvente.
2º lugar - "Starman", do Bowie. Mesmo caso acima. Lá nos idos anos 80, eu ouvia "Astronauta de mármore" do Nenhum de Nós e sentia um desconforto, uma dor. Quando dei de cara com a original, quase chorei. E peguei ódio da banda brasileira. Quanta audácia fazer uma versão do Bowie.
3ºlugar - Se bem que a terceira colocada é uma exceção. A versão do Nirvana para a bowieana "The Man Who Sold the World" é espetacular. Tão linda que eu prefiro o Kurt cantando, com aquela voz mole que derrete tudo.
4ºlugar - "And I love her", dos Beatles. Eu era criança quando ouvi "Eu te amo", com o Zezé di Camargo e Luciano. Ou seria Chitãozinho e Xororó? Whatever. Peguei tanto asco da música que quando ouvi a original já estava completamente envenenada. E olha que eu sou louca por Beatles.
5ºlugar - "Hey Jude" também sofreu do mesmo mal. Obrigada, Kiko Zambianchi, por estragar mais uma música dos Beatles em minha vida.
6ºlugar - "Let´s stay together", do Al Green. Lá estava eu, menininha de pé no chão, cantando "Vício fatal" da Rosana, quando algum adulto me mostrou a verdadeira. Too late, Marlene. Não adiantou. Até hoje, quando ouço "Let's stay together", me vem à cabeça os versos: "Quando a paixão é cegaaaa... A gente fica cega-a, cega-a. Seja bom ou mal, o vício é fata-al...". Rosana desgraçada.
Quem tiver exemplos, por favor, escreva aqui.