 
 Mas o público, longe de lotar a casa, também estava ali não tanto pela banda, e mais para viver um momento flashback. Relembrar o passado, a juventude perdida nas festinhas da adolescência, os passinhos dos anos 90. Entre os presentes estavam patricinhas quarentonas com roupa de oncinha e braços para cima (crentes que estavam numa balada), balzacos alternativos, tiozões de cabelo comprido e playboys circulando pela pista (quase vazia), tentando azarar alguém. Alguns fãs verdadeiros também estavam por lá, cantando com empolgação os sucessos “What’s on your mind”, “Running” e “Walking away”. Tirando os momentos “hit parade”, a reação dos paulistas foi apática.
Recepção mais calorosa a banda teve no Rio de Janeiro, em show realizado dias antes. Lá, Information Society e funk sempre andaram juntos, esquentando pistas nas festinhas de 20 anos atrás, e rendendo passinhos de dança até hoje. O famoso grito de guerra no refrão de “Running” (“Vai tomar no c*!”), privilégio da criatividade carioca, transformou o show em um espetáculo mais animado (veja o vídeo aqui). “Ôo, Information é o terror!”, gritava o público entre uma música e outra. No palco, os “terroristas” tentavam dar o máximo permitido pela idade, exagerando nas batidas eletrônicas e nos efeitos especiais no telão.
 Mas, ao contrário de pioneiros como Kraftwerk, que a cada apresentação parecem mais atuais do que nunca, o Information Society ficou velho. Não só de aparência, e isso nem é tão importante. Afinal, os alemães também estão barrigudinhos, mas não deixam a desejar artisticamente. O que envelheceu foi a música, que ficou perdida lá nos idos anos 80 e 90. Ótimo para ouvir em festinhas e dançar, mas sem peso algum que justifique um show. Definitivamente, a música – do Information Society - acabou.
 Mas, ao contrário de pioneiros como Kraftwerk, que a cada apresentação parecem mais atuais do que nunca, o Information Society ficou velho. Não só de aparência, e isso nem é tão importante. Afinal, os alemães também estão barrigudinhos, mas não deixam a desejar artisticamente. O que envelheceu foi a música, que ficou perdida lá nos idos anos 80 e 90. Ótimo para ouvir em festinhas e dançar, mas sem peso algum que justifique um show. Definitivamente, a música – do Information Society - acabou.FOTOS: André Bittencourt
 
 

 
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