sábado, setembro 20, 2008

“As pessoas enlouquecem calmamente…”

Vive entre os loucos
De pedra, do metrô, das avenidas
Gesticulantes, ameaçadores
Loucos de bebida
Loucos de cabeça – ruim ou boa
Eles a querem
Perseguem seus passos
Xingam-na nas plataformas
Apontam o dedo contra ela, que se encolhe
Devem pensar:
“Lá se vai uma louca que pensa ser normal”
Se soubessem que ela sabe
Que no fundo, é como eles
Só ainda não perdeu o último parafuso
Que, aliás, anda frouxo, frouxo
Talvez prestes a cair no ralo
Esvaindo-se na água junto com o fiapo de sanidade que lhe resta

5 comentários:

Anônimo disse...

Xiii... São Paulo é imensa. Achar um parafuso perdido aí é bem mais difícil.

Rodrigo Séllos disse...

Pra contribuir com o tema, coloco aqui um sábio ditado popular mineiro, muitas vezes clamado por meu pai(rs), e que seria uma ótima frase de caminhão.
"Amigo verdadeiro é igual parafuso. Você só conhece ele na hora do aperto!"
Se a Santa Paula estiver te enlouquecendo, passe uns dias com os amigos do Rio para uma revisão! rsrs
beijos, querida! Tenho gostado dos textos! Boa sorte por ai.

Bruno Black disse...

PARABENS PELOS SEUS TEXTOS..SUA SENSIBILIDADE É LINDA...
TB SOU ESCRITOR...


ABRÇOAS

BRUNO BLACK

Jana Lauxen disse...

No fundo somos todos iguais.

Beijo.

Naila Oliveira disse...

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